sábado, 12 de março de 2011

Homem de Abril

Volta, ó tu de Abril,
porque eu hoje,
fútil, febril,
não te sei mais escrever.
Volta, vem ver.
Vem vendado,
que não há pecado,
mas país mudado, parado,
que custa a crer,
faz tremer!
E eu assustado, gelado,
não te sei mais escrever.

Foste capitão,
soldado, escravo,
deste a mão,
 país virado.

Embrulhaste o coração,
num cravo, armado,
foste nação,
bravo, amado.


Gonçalo Coimbra

para ti, Capitão Salgueiro Maia, onde quer que estejas. 

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